Fridays - Spiritual Healing
Esquecimento Do Passado
2 de Setembro de 2016
Muitos questionam por que temos que, em uma vida, corrigir erros de vidas passadas, das quais não temos a mais remota lembrança. Muitos perguntam onde está a Justiça Divina, se temos que pagar por erros que nem sequer lembramos?
Pois é exatamente nisso que consiste a Justiça de Deus. O esquecimento do passado é a Misericórdia Divina nos dando oportunidades de recomeço, a cada nova encarnação.
O espírito reencarna para aprender e progredir. O esquecimento do passado é a oportunidade que temos, a cada nova encarnação, de começar do zero. É um passaporte em branco, um recomeço. Assim, podemos fazer uso de nosso livre arbítrio para construir novos aprendizados em cada existência e a quitação dos nossos débitos se encaixa justamente dentro de nossa parcela de aprendizado.
O espírito encarnado não tem, realmente, a lembrança dos seus atos em vidas pregressas, porque isso seria um obstáculo, e não uma facilidade. Me explico: todos nós somos, hoje, melhores do que fomos no passado. Isto porque todos os aprendizados de ordem moral e intelectual são aquisições do Espírito, ou seja, nosso Espírito conserva tudo o que aprendemos e progredimos em termos morais e intelectuais, em cada existência.
Ao renascermos, trazemos nossa bagagem moral – e fazemos uso do nosso livre arbítrio para construir novos aprendizados, e continuar a nossa evolução moral e intelectual.
Se, por um lado, o esquecimento do passado nos beneficia enquanto encarnados, em Espírito conservamos a lembrança de nossas vidas anteriores. Não existe o acaso na casa do Pai – nada acontece sem planejamento, e o Espírito, antes de reencarnar, participa desse planejamento. Vejamos como isso se dá:
1 – ANTES DE REENCARNAR, O ESPÍRITO SABE QUE TIPO DE PROVAS TERÁ QUE ENFRENTAR, E PARTICIPA DO PLANEJAMENTO DE SUA NOVA ENCARNAÇÃO
Na erraticidade (tempo entre uma encarnação e outra), o Espírito tem consciência de suas vidas pregressas, de seus avanços e de seus erros. Despojado dos interesses da vida material, o Espírito tem uma visão mais abrangente dos progressos que já fez, e do quanto ainda precisa fazer para continuar a sua evolução moral, intelectual e espiritual. Sabe onde tem que melhorar, e ele mesmo pede uma encarnação na qual possa sanar suas faltas, pois tem consciência que todas as suas quedas morais constituem entraves para a sua evolução.
É assim que Deus permite que ele reencarne junto das pessoas que amou, assim como daquelas a quem prejudicou – e lhe dá o benefício do esquecimento temporário, para que nem ele, nem as pessoas com as quais convive, possam se apegar ao que ele FOI ou FEZ em outras existências. Se tivéssemos consciência de todo o mal que nos fizeram, cada nova encarnação reacenderia ódios, mágoas e rancores – que benefício isso traria?
Todos os caminhos de Deus conduzem ao AMOR. É pelo amor que aplacamos ódios, é através do amor que aprendemos a perdoar, é por amor que conhecemos o que é doação, dedicação e desinteresse. É assim que Deus faz com que, inimigos de outrora, renasçam em uma mesma família, com total esquecimento das ofensas, para construírem uma história de amor, amizade e parceria, onde antes houve maldade, ódio e rivalidade.
É assim que observamos, em uma mesma família, espíritos que tem uma perfeita afinidade, enquanto outros parecem destoar daquele meio – são diferentes, são “difíceis”. São, muito provavelmente, Espíritos que nos reclamam o reacerto – embora não de maneira explícita, visto que estamos temporariamente envoltos pelo véu do esquecimento.
Nesses casos, não há que se procurar os motivos da rejeição natural que algumas pessoas nutrem por nós. Há, sim, que se compreender que é através do amor e do perdão que as relações de ódio se transformam em respeito e simpatia – que nada mais são do que o início do amor.
O que devemos fazer então, se somos alvo de antipatias aparentemente sem motivo? Orar e perdoar, sabendo que se a causa não está nesta existência, deve estar em alguma existência anterior.
O que devemos fazer, se somos nós que sentimos uma repulsa instintiva por certas pessoas? Da mesma forma, orar e perdoar, pois de que valeria saber quem foi o culpado, e quem foi a vítima? Deus não é cobrador, Deus é Amor! Ele não nos permite saber se fomos vítimas ou algozes, porque não quer que, em nossas encarnações, vistamos a toga de juízes a cobrar ou condenar culpados. Deus quer que as feridas sejam sanadas através da única lei possível: a lei do amor.
É assim que mães recebem em seus ventres inimigos do passado, e aprendem a amá-los incondicionalmente. É assim que filhos doentes, dependentes em tudo de seus cuidadores, aprendem a amar aqueles que, nesta encarnação, se ocupam de refazer seus corpos debilitados e suas almas aquebrantadas, e reerguê-los.
2 – PROGRESSO MORAL E INTELECTUAL SÃO AQUISIÇÕES DO ESPÍRITO
A cada nova encarnação, o Espírito traz consigo suas aquisições de ordem moral, que se revelam por suas boas ou más inclinações.
As aquisições intelectuais podem, por sua vez, ser temporariamente adormecidas, ou seja, um Espírito que progrediu muito intelectualmente - e não moralmente - fazendo mal uso de sua inteligência, pode reencarnar em condições humildes, e sem os seus dotes intelectuais, num processo de reeducação.
Também nesse caso, o esquecimento do passado é um benefício para o Espírito, pois a lembrança do poder que já teve, em encarnações passadas, poderia acarretar revolta e inconformismo, pondo a perder a finalidade maior da existência terrena, que é a de progredir, especialmente onde falhamos.
Mas o conhecimento adquirido, nas sucessivas encarnações, é cumulativo, e não se perde jamais. Se temporariamente temos alguns dons adormecidos, é porque nosso aprendizado reclama atenção a áreas onde ainda temos muito a desenvolver. Mas ao retornar à Pátria Espiritual, o Espírito recobra a consciência de sua trajetória, e tem assim uma visão de todos os seus avanços morais, intelectuais e espirituais.
3 – DEUS RESPEITA O NOSSO LIVRE ARBÍTRIO
Ao nos outorgar um passaporte em branco em cada nova encarnação, para que possamos nele carimbar nossos êxitos e nossas quedas, Deus nos concede o livre arbítrio e nos torna, assim, responsáveis por nossas escolhas.
Nascemos no lugar certo, nas condições adequadas, e com as pessoas certas, para realizarmos em vida o que nos propusemos na erraticidade. Na nossa condição de Espíritos, pedimos pelas provas que atravessamos na vida, porque sabemos que elas são necessárias ao nosso aprendizado e progresso.
Temos, portanto, todas as condições a nosso favor, para sairmos vitoriosos de nossas batalhas terrenas.
A vida terrena, entretanto, muitas vezes nos desvia de nossos propósitos iniciais; os interesses da vida material podem falar mais alto, e as pré-disposições naturais podem mais uma vez se revelar. (As predisposições naturais são aquelas que o Espírito traz consigo, das quais ainda não conseguiu libertar-se, como por exemplo, inclinação aos vícios, criminalidade, apego excessivo à matéria e aos bens materiais, etc. O tipo de encarnação nos é dado SOB MEDIDA, para que possamos nos libertar de nossas más inclinações, como por exemplo, a pessoa muito apegada à matéria nasce em condições materiais difíceis, ou é despojado de seus bens, e assim por diante).
Saímos vitoriosos do aprendizado quando conseguimos, em uma existência, não ceder às nossas más inclinações, e aprendemos assim a nos corrigir de uma falha que ocasiona a nossa queda moral. Mas isso é produto de NOSSAS PRÓPRIAS ESCOLHAS.
Deus nos deu o livre-arbítrio – Deus respeita o nosso livre-arbítrio. Cada vez que, por escolha pessoal, optamos por ceder às nossas más inclinações, colhemos invariavelmente as consequências.
Liz Bittar – site: www.oqueosespiritosdizem.com.br
A time dedicated to our Spiritual and Physical balance and harmony. Everyone is welcome. No previous experience with any spiritual teaching is needed. This meeting is recommended as a “Spiritual Support” to help all of us face our challenges and overcome them with balance and wisdom.
We hope to see you soon at
Spiritist Society Towards the Light.